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GOVERNO HOLANDÊS DISCUTE ECONOMIA CIRCULAR EM SEMINÁRIO COM EMPRESÁRIOS

 

Carel Richter, diretor de Relações Econômicas do Ministério de Relações Exteriores da Holanda, destacou como o país pode contribuir com a sustentabilidade no Brasil. “Temos tecnologias amplamente utilizadas no exterior. Isso inspira confiança nos produtos que oferecemos. Além disso, nos preocupamos em fomentar uma cultura de negócios”, disse.

 

Entre as políticas do governo holandês para incentivar o uso consciente de recursos está a criação de um Conselho de Gestão de Resíduos. “Conseguimos engajar estados, municípios e indústrias. Em pouco tempo passamos a ter os melhores índices da Europa nessa área”, afirmou Herman Huisman, representante do Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda.

 

O evento contou com um painel no qual empresas holandesas apresentaram os serviços que oferecem para limpeza de gases industriais, preservação do solo e reúso da água e resíduos. “A luta pela sustentabilidade será vencida nas cidades. Então temos que nos antecipar aos desafios”, declarou Freek van Ejik, presidente da Acceleratio, empresa especializada em economia circular. Alguns dos projetos elaborados pelas companhias envolvem a criação artificial de bactérias que recuperam o solo e estações para controle de inundações.

 

OPORTUNIDADES

 

A programação também incluiu um debate sobre as oportunidades na área de economia circular no Brasil, em que foram discutidos cases de sucesso de organizações públicas e privadas. Rodolfo Guerra, diretor de Operações da Odebrecht Ambiental, falou sobre a criação do Aquapolo. Formulado em convênio com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o projeto é a maior planta de reúso de água da América do Sul. “Tratamos o esgoto para fornecer água para uso industrial. Nossa ideia é implementar esse processo no polo petroquímico do Rio”, revelou Guerra.

 

As boas práticas do setor público foram abordadas pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). A empresa desenvolve projetos como a produção de compostos orgânicos para reflorestamento das matas fluminenses e recuperação de biogás para geração de energia. No painel também foram apresentadas as soluções tecnológicas do SENAI para a melhoria dos processos industriais.

 

“É de grande importância propor esse debate sobre temas sustentáveis para as cidades”, afirmou Amaury Temporal, diretor do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIRJAN. O evento aconteceu em 12 de novembro, na sede da Federação.

 

Fonte: Carta da Indústria

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