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FIRJAN: ENERGIA CAIU 20% COM REDUÇÃO DE TRIBUTOS, MAS JÁ SUBIU 11%

 

No entanto, apesar da redução de encargos e tributos, o custo da energia voltou a subir, atingindo média de R$ 292,16 por MWh neste mês de novembro. Um aumento de 11,1%, de acordo com levantamento inédito do Sistema FIRJAN, disponível no novo site sobre custo da energia para a indústria no Brasil, que entrou no ar na quinta-feira, 28 de novembro.

 

O presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, acredita que o Brasil avançou, mas reforça que a redução do custo da energia precisa continuar em debate, principalmente nas esferas estaduais. “O peso dos impostos, em especial do ICMS, encarece muito a energia e a produção da indústria, dilapidando sua competitividade. O governo federal foi corajoso, demonstrou que é possível reduzir o custo deste insumo. Agora é a vez de os estados avançarem nesta questão”, diz Gouvêa Vieira.

 

O estudo analisou ainda as tarifas praticadas por todas as 63 distribuidoras brasileiras no mercado cativo, onde estão 94,4% das indústrias do país. Entre os estados, a redução da tarifa variou de 18,50% a 25,10% em janeiro deste ano, sendo a maior queda no Piauí e a menor, no Mato Grosso do Sul.

 

De acordo com os dados mais recentes, de novembro, o Amapá apresenta o menor custo de energia do país, de apenas R$ 71,37 por MWh, quase 70% abaixo da média nacional, mas é considerado um caso à parte porque a distribuidora do estado passa por um processo de intervenção. Em seguida, aparece Roraima, com custo de energia a R$ 229,39 por MWh para as indústrias do estado. O custo mais alto do país é de Tocantins, com tarifa de R$ 403,91.

 

O Rio de Janeiro ocupa o 5º lugar entre as tarifas mais caras do Brasil: R$ 343,45. São Paulo está na 18ª posição, com preço mais competitivo, de R$ 273,05, mas ainda atrás do Rio Grande do Sul (R$ 266,49), Bahia (R$ 256,11) e Distrito Federal (R$ 248,98).

 

Na comparação internacional, o Brasil saiu do quarto mais caro para o 11º lugar entre 28 países concorrentes, avançando sete posições. Mesmo assim, a tarifa brasileira está 8,6% acima da média internacional. O Brasil está à frente da Índia (R$ 630,9 por MWh), que tem o custo mais alto no ranking, e também da Itália (R$ 500,5), Colômbia (R$ 376,9) e do Japão (R$ 292,9). Mas ainda aparece atrás do Chile (R$ 284,9), Uruguai (R$ 249,5), China (R$ 201,5), Estados Unidos (R$ 126,2), Canadá (R$ 114,1), país que tem uma matriz elétrica bem parecida com a do Brasil.

 

Novo site da FIRJAN entrou no ar
com atualização a cada reajuste de preço

 

Todas as informações do levantamento estão disponíveis no novo site da FIRJAN, que permite um acompanhamento permanente do custo da energia elétrica para a indústria no Brasil, com comparações internacionais, recortes estaduais e informações por distribuidoras, que serão atualizadas imediatamente a cada reajuste de tarifa.

 

Das 63 distribuidoras analisadas pelo estudo, 36 delas tiveram aumento do custo da energia entre 5 e 15%, considerando os reajustes já feitos em 2013. Em seis distribuidoras, a variação foi maior de 20%, o que significa que os reajustes já absorveram quase toda a redução conquistada em janeiro, após o anúncio do pacote de energia do governo. É o caso da distribuidora CPFL Paulista, em São Paulo, e da CEMIG, em Minas Gerais, cujas tarifas de novembro estão apenas 1,18% e 2,64%, respectivamente, abaixo do preço praticado em dezembro do ano passado, um mês antes da redução relacionada a renovação das concessões entrar em vigor.

 


A apresentação da coletiva de imprensa está disponível na seção Publicações e Pesquisa .


Fonte: www.firjan.org.br

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