O prêmio “Melhores Práticas Sindicais”, com a participação de sindicatos filiados às duas federações, tem o objetivo de identificar e valorizar as ações e projetos desenvolvidos pelos sindicatos, além de promover a troca de experiências, o aprendizado contínuo e o incentivo à realização de novas ações.

 

Durante a solenidade, que aconteceu na sede da FIESP, o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, destacou a importância dos sindicatos. “Todos sabemos que uma indústria forte precisa de umsistema de representação participativo e organizado, no qual os sindicatos empresariais são um pilar fundamental. Por esse motivo, fortalecer esses grupos e ajudá-los a aumentar a sua base de associados sempre foi uma prioridade para o Sistema FIRJAN”, ressaltou Eduardo Eugenio.

 

No Rio de Janeiro, 25 sindicatos inscreveram 77 projetos e ações no prêmio. De acordo com a gerente do Movimento Sindicato do Sistema FIRJAN, Angela Cunha, a iniciativa atingiu as expectativas. “Entendo que a realização da primeira edição do prêmio foi exitosa, com relevante participação dos sindicatos patronais que apresentaram seus projetos acreditando no potencial de suas ações para a promoção de um ambiente de negócio favorável à competitividade de suas empresas associadas”, disse Angela Cunha.

 

Prêmio é dividido em quatro categorias

 

O prêmio é dividido em quatro categorias: Infraestrutura Administrativa, Financeira, de Sistemas e Recursos Humanos; Comunicação, Programas de Associativismo e Promoção Comercial; Defesa Setorial; e Responsabilidade Socioambiental.

 

Os primeiros colocados em cada categoria receberam uma vaga nos cursos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL)disponibilizados no Brasil ou exterior, durante o exercício 2015/2016. O segundo e terceiro colocados terão direito a uma vaga em cursos do IEL disponibilizados no Brasil no mesmo período. Confira abaixo os projetos do Rio de Janeiro que conquistaram a primeira colocação em cada uma das categorias:

 

1º lugar na categoria “Infraestrutura Administrativa, Financeira, de Sistema e Recursos Humanos”

 

Sincocimo (Sindicato das Indústrias da Construção (inclusive Engenharia Consultiva e Montagem Industrial), Marmoraria, Cal e Gesso, Artefatos de Cimento e do Mobiliário, Construções e Intalações de Telefonia em Geral e Instalações Elétricas de Duque de Caxias, Magé, Nilópolis, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Mangaratiba, Mesquita, Japeri, Queimados, Seropédica, Guapimirim, Parati, Paracambi, Belford Roxo, Itaguaí e Angra dos Reis), com a ação ‘Gestão sindical eficiente’.

 

Objetivo: O sindicato representa diversas categorias econômicas e abrange vários municípios na Baixada Fluminense e Costa Verde do Rio de Janeiro, com ampla base de empresas. Com o objetivo de aprimorar a gestão do sindicato, se aproximando de sua base, houve uma expressiva reestruturação organizacional, revisão de processos e implantação de novos projetos.

 

Descrição:

 

1. Melhorias na Infraestrutura administrativa: realização da alteração estatutária para delegar poderes aos diretores setoriais eleitos; constituição de delegacias sindicais em municípios distantes da sede do sindicato para facilitar aos associados um melhor atendimento; criação de vice-lideranças com autonomia; redefinição de procedimentos internos; atendimento jurídico às empresas, com gratuidades no setor trabalhista e atendimentos em outros setores, com descontos para associados.

 

2. Melhorias em tecnologia de sistema e comunicação: implantação de software para gestão do sindicato para melhor atendimento aos associados; lançamento de novo site para melhorar a comunicação com as empresas da base; encaminhamento de informativos com notícias de interesse do setor para a base de empresas associadas em parceria com a FIRJAN.

 

3. Programa de associativismo: ampliação da base de associados através de visitas pré-agendadas por profissional capacitado em abordagem prospectiva para a apresentação dos benefícios, produtos e serviços aos empresários. Dessa forma contribuindo com a sustentabilidade financeira do sindicato; visitas periódicas às empresas mantendo um canal de comunicação aberto para entender as necessidades do setor; estruturação de calendário de palestras e seminários de interesse do setor em parceria com FIRJAN e Sebrae.

 

4. Promoção comercial: parcerias com as empresas levando novos serviços aos associados; participação do sindicato com as empresas do projeto Procompi (Programa de apoio à competitividade das micro e pequenas indústrias).

 

1º lugar na categoria “Comunicação, Programa de Associativismo e Promoção Comercial”

 

Sigraf (Sindicato das Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro), com a iniciativa denominada ‘Semana gráfica’

 

Objetivo: incentivar a inovação tecnológica do segmento gráfico do Rio de Janeiro; promover ações de marketing para a visibilidade nacional da indústria gráfica do Rio de Janeiro; divulgar novidades e tendências do mercado; qualificar tecnicamente o segmento gráfico; estreitar laços com fornecedores.

 

Descrição: Evento anual em formato técnico e motivacional com duração de três noites englobando ações e parcerias com empresas, agregando um ciclo de palestras, o Ciclograf, uma rodada de negócios entre empresas e uma cerimônia de entrega de troféus de um Prêmio de Excelência Gráfica. Criado há 14 anos, mantendo um público fiel e constante.

 

1º lugar na categoria “Defesa Setorial”

 

Siquirj (Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro), com o projeto ‘Defesa da competitividade da indústria de chapas de alumínio’

 

Objetivo: Revogação da Portaria Interministerial nº 22, de 9 de fevereiro de 2010, editada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Ciência e Tecnologia (MCT), que continha pontos prejudiciais à indústria química do Rio de Janeiro.

 

Descrição: A alteração no Processo Produtivo Básico (PPB) de materiais fotográficos, chapa pré-sensibilizada de alumínio para impressão em off-set, introduzida pela Portaria nº 22/2010, editada pelo MDIC e MCT, afetaria negativamente a indústria do estado do Rio de Janeiro. O PPB é um processo que prevê tratamento diferenciado entre empresas. A referida portaria dispensava o cumprimento da etapa central, referente à sensibilização das chapas de alumínio, e mesmo assim permitia os benefícios econômicos do PPB. Autorizava-se a aprovação, pela Superintendência da Zona Franca de Manaus, de projetos de empresas para realização de atividades na Zona Franca de Manaus, com vistas a gozar desses benefícios, realizando, tão somente, o corte e a embalagem do produto, etapas que sequer podem ser consideradas de industrialização. Foram criados fortes incentivos para o deslocamento das indústrias de regiões tradicionais de produção para a Zona Franca de Manaus. Ainda que cumpridas todas as etapas, não haveria aporte de novas tecnologias à indústria brasileira, dado o país já dispor, há mais de 40 anos, de empresas nacionais detentoras da mesma tecnologia. Sob a égide da referida portaria, já foi aprovado projeto de empresa para cortar e embalar seus produtos industrializados no exterior e receber benefícios fiscais e outras vantagens que não são conferidas a outras empresas nacionais. É esperado que em dois anos tal empresa mais do que dobre a sua participação no mercado brasileiro. Tal crescimento equivaleria a uma elevação no volume de importações, na medida em que a única etapa realizada no território brasileiro não agrega valor algum ao processo produtivo em questão. Caso isso ocorresse, agentes que produzem e empregam no Brasil teriam que reduzir atividades com aumento de sua capacidade ociosa, ocasionando redução do recolhimento de impostos, das exportações e de divisas geradas, e a demissão de funcionários. Portanto, a entidade interveio, por diversos modos, junto ao governo para obter a solução para essa grave questão.

 

1º lugar na categoria “Responsabilidade Socioambiental”

 

Simperj (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro), com o projeto ‘Teatro dos Plásticos’

 

Objetivo: Atingir o maior número possível de crianças na faixa etária de 5 a 12 anos, ensinando-as o correto descarte de materiais como plástico, papel, vidro, metal, e como eles podem ser reaproveitados e reciclados. Desmistificar o material plástico como o grande poluidor do meio ambiente.

 

Descrição: Pensando na correta destinação dos resíduos sólidos, com a finalidade de reaproveitá-los e a eliminar a poluição ocasionada pelo descarte inadequado, o sindicato propôs uma solução simples, lúdica, e com humor, para ensinar esses conceitos às crianças. Para tanto, foi criado o Teatro dos Plásticos, com peças teatrais montadas pelo sindicato. O espetáculo foi encenado nas redes pública e privada, em todo o estado do Rio de Janeiro. Ao final, houve distribuição de material sobre o que foi ensinado. Na peça, é exaltada a importância do correto descarte de todos os materiais e sua reciclagem. O trabalho é realizado em parceria com o SESI Rio. Contribuíram para o projeto a Plastivida (com a distribuição de cartilhas sobre as sacolinhas plásticas); a Braskem (que distribuiu como brindes lixeiras para o correto descarte de cada material e o livro ‘Jabuti não sobe em árvore’; e Ecobrasil Plásticos (sacolas para a colocação dos brindes).

 

Fonte: Sistema FIRJAN