Firjan e Fecomércio RJ se unem para debater o futuro do papel sindical
Em evento histórico, Firjan e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) se encontraram para debater o futuro do papel sindical em um contexto de grandes mudanças. O seminário reuniu líderes empresariais dos dois setores da economia, na sede da federação, em 05/12.
Antonio Florencio de Queiroz, presidente da Fecomércio RJ, avaliou a iniciativa como um marco. “O distanciamento entre as duas federações era infundado. Juntos temos mais potencial de trabalhar em prol do maior investimento social existente, que é a promoção de trabalho e renda”, avaliou Queiroz, eleito presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Rio, para o período de 2019-2022.
A visão é compartilhada por Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan. Ele destacou ainda que muitas das regulações hoje não são condizentes com o presente: “Precisamos pensar juntos um caminho para aumentar a competitividade das empresas fluminenses”.
O evento contou também com a assinatura de um termo de cooperação entre os Sindicatos das Indústrias Gráficas do Estado do Rio de Janeiro (Sigrarj) e do Município do Rio (Sigraf). O documento foi elaborado com apoio da equipe jurídica da Firjan. “É o primeiro exemplo prático de duas entidades que entenderam que era melhor unir esforços para melhor atender seus associados. É um dos caminhos possíveis que os sindicatos podem seguir para mostrar valor em uma sociedade cada vez mais exigente, e com o advento da nova legislação trabalhista”, parabenizou Eduardo Eugenio.
Reforma trabalhista
Os primeiros impactos da reforma trabalhista, conquistada em 2017, foram debatidos no seminário. José Martins, presidente eleito do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região do Rio de Janeiro, explicou que assim como as empresas e os sindicatos precisaram se adaptar às novas regras, a magistratura também. “Precisamos dessa visão moderna e perceber que diversas estruturas passadas já não existem mais”, pontuou.
Por sua vez, o professor e economista Hélio Zylberstajn destacou a redução da litigiosidade na Justiça do Trabalho como um dos impactos imediatos da mudança. “O número de novas ações nas varas caiu em todos os meses de 2018. Foram 233 mil, em média, em 2017, contra 145 mil neste ano, o equivalente a uma redução de 38%. Podemos dizer que a reforma impôs mais responsabilidade em quem inicia uma reclamação trabalhista”, informou.
Fonte: Firjan