FabLab da Firjan SENAI sedia Bootcamp de Biohacking
Com o objetivo de ensinar os interessandos a projetar, crescer e extrair os próprios biomateriais usando apenas hardwares de código aberto, fabricado por eles mesmos, o FabLab do Instituto SENAI de Tecnologia (IST) Automação e Simulação da Firjan SENAI, em Benfica, sediou mais um bootcamp. Desta vez, a edição foi voltada para biohacking e recebeu 18 participantes entre os dias 25 e 29 de março. A iniciativa foi organizada pelo Instituto HUB em parceria com a Firjan e apoio da Agência de Inovação da UFRJ, do Parque Tecnológico da UFRJ, MakerFactory, do LABFUZZY e do LAB3i.
Rozeani Araújo, instrutora do FabLab da unidade de Benfica, ressalta que a iniciativa incentiva o movimento maker ao apresentar máquinas dentro do universo “faça você mesmo (quase) qualquer coisa”. “Empoderamos as pessoas para que elas tenham conhecimento e vejam que são capazes de criar sozinhas”, ressaltou. Ainda em março, a unidade sediou também o Bootcamp Fabricação Digital. A próxima edição será em maio, com o tema “Indústria Têxtil”.
Biohacking
De acordo com Caroline Gonzaga, responsável pela área de educação do Instituto HUB, foram trabalhados hardwares de código aberto (máquinas ou dispositivos disponibilizado ao público que podem ser modificados) para que os participantes – profissionais do mercado, estudantes e professores – pudessem fazer adaptações para necessidades atuais. “O objetivo era que eles entendessem essas tecnologias e vissem como desenvolver equipamentos de baixo custo para laboratórios”, explicou.
A dinâmica de trabalho consistiu na divisão em cinco grupos para construção de três produtos: capela, webespectrofotômetro (instrumento de análise capaz de medir a quantidade de luz absorvida, transmitida ou refletida por uma determinada amostra) e a incubadora. Cada equipe ficou responsável pelo desenvolvimento de uma parte de cada projeto, como desenho de peças em softwares, documentação ou programação.
“Foi uma oportunidade de grande conhecimento, visto que trabalho com o FabLab mas ainda desconhecia que poderíamos usar a biologia nas áreas hacking (modificar os aspectos mais internos de dispositivos) e maker”, observou Carlos Altoé, instrutor do FabLab da Firjan SENAI Campos. Já Fabio Paredes, instrutor do FabLab da Firjan SENAI Friburgo, indicou que tentará integrar os conhecimentos adquiridos no bootcamp nas aulas da Educação Básica da Firjan SESI articulada com a Educação Profissional da Firjan SENAI: “As aulas ganharão mais vida”. Participaram também os instrutores Uendel da Silva, da unidade de Itaguaí, e Ismael Cabral, da unidade de Niterói.
Carlos de Lima, técnico em eletrônica, enxergou a oportunidade como forma de se capacitar mais. “Vou levar os conhecimentos para meu próprio negócio, voltado para robótica e automação, inclusive a metodologia de trabalho aqui utilizada”, ressaltou. Por sua vez, Vitoria Xavier, de 19 anos, estudante de engenharia física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destacou como pontos altos da iniciativa o contato com profissionais de outras áreas e poder entender como criar equipamentos de forma tão fácil e barata: “Quero levar essa experiência para o Centro de Tecnologia Acadêmica da UFRGS. Achei impressionante como é fácil fazer um espectrofotômetro”.
Fonte: Firjan