Na abertura do encontro, o presidente do sindicato, Carlos Augusto Di Giorgio, comemorou a presença de Romano na cidade e incentivou a integração nacional de empresários para impulsionar o crescimento do setor.

 

“Hoje é um dia muito importante para o Rio. Nosso objetivo é aproximar a indústria gráfica brasileira e fortalecer nosso setor em todos os estados. Tenho certeza que sairemos daqui conhecendo ainda mais nossa indústria”, destacou o presidente do Sigraf.

 

Com 40 anos de experiência na indústria gráfica e no mercado editorial, Frank Romano é conhecido pelas centenas de artigos escritos para publicações na América do Norte, Europa, Oriente Médio, Ásia e Austrália. O editor do “International Paper Pocket Pal” e autor de mais de 44 livros, incluindo “10,000-term Encyclopedia of Graphic Communications”, iniciou sua palestra esclarecendo as implicações da revolução digital.

 

“A internet fez nosso mundo mudar. Passamos do papel impresso para o digital. Mesmo assim, ainda imprimimos muito”, ressaltou Romano, apresentando estudo recente que indica que 47% daquilo que é produzido é impresso, 40% é eletrônico e 13% do volume é de importações (livros e outros produtos oriundos principalmente de mercados orientais).

 

Frank Romano realizou sua primeira palestra no Brasil, na sede do Sistema FIRJAN (Foto: Renata Guimarães)

 

Segundo o professor, a tendência é o mercado industrial gráfico se estabilizar no decorrer do século. Romano acredita no retorno das indústrias para seus países de origem quando houver a valorização dos assalariados chineses e de outros países orientais, o que reduzirá a diferença de custo de produção.

 

Embora muitos documentos permaneçam no ambiente digital, o profissional lembrou que o volume de informações, textos e fotos é cada vez maior, e boa parte desse total será destinada à impressão. Destacando a importância das coisas físicas, Romano garantiu que o papel impresso continuará sendo indispensável para a humanidade: “O futuro é a impressão sob encomenda. A melhor forma de preservar fotos, imagens e lembranças é imprimindo em papel de alta qualidade, que poderá ser passado de geração em geração”.

 

Ao final da palestra, Frank Romano respondeu a perguntas do público e revelou os principais desafios e oportunidades para o setor gráfico.

 

“Não há resposta fácil para nossa indústria. Nos Estados Unidos, tivemos que modificar o programa de disciplinas para atrair mais estudantes para nossos cursos. Estamos em constante evolução e percebemos que sempre haverá inovação. O mais importante é as empresas estarem atentas às alternativas do mercado e compreender quais segmentos gráficos melhor se encaixam à sua produção”, finalizou.

 

(Lucas Baldez/ Movimento Sindical FIRJAN)