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REPRESENTANTES DE SINDICATOS PARTICIPAM DE CURSO SOBRE NEGOCIAÇÃO COLETIVA

 

Após a exposição dos temas, os participantes integraram uma oficina em que simularam um case de negociação entre sindicatos patronal e dos empregados. O curso foi ministrado pelo advogado e consultor de Relações Sindicais e Negociação, Edno Martins.

 

Sindicatos estiveram presentes no curso sobre negociação coletiva (Foto: Renata Dias Rosa Guimarães)

 

Martins alerta que as mudanças políticas e a nova gestão das leis trabalhistas tendem a dificultar o cenário de negociações sindicais: “É importante que as empresas estejam preparadas para esse momento. Será necessário traçar uma nova estratégia de atuação. Já temos observado movimentações oposicionistas insurgindo nos sindicatos mais radicalizados, e a previsão é que essa situação se acentue ao longo de 2017”.

 

Para driblar essas e outras dificuldades, o professor indicou que o negociador precisa ter boa comunicação interpessoal, saber se planejar, ser criativo e proativo. “É preciso ouvir mais do que falar. Quando o fizer, use uma linguagem simples e sem exibicionismo. Isso gera simpatia e uma imagem positiva. Também é essencial estar preparado para a negociação. Se o sentimento não for de confiança e domínio do tema, nem comece”, aconselhou.

 

Ainda segundo Martins, há algumas condições estruturais essenciais para o sucesso em uma negociação coletiva. Criar um bom ambiente organizacional, estar por dentro do momento do mercado de trabalho do setor de atuação da empresa e atentar para a situação política dos sindicatos dos empregados são precauções importantes: “É preciso também dominar a realidade econômica do setor representado, conhecer a fundo os indicadores, buscar, com a FIRJAN e a CNI, o conhecimento prévio do posicionamento do judiciário e acompanhar as convenções e acordos coletivos de outras categorias”.

 

Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção, Mobiliário, Mármores e Granitos da Baixada Fluminense, Angra dos Reis e Parati (Sincocimo), Jorge Rodrigues, buscar soluções harmoniosas para ambas as partes deve ser premissa no processo de negociação: “Com essa capacitação, vimos que a saída também pode estar na formação de negociadores preparados para elaborar estratégias adequadas a cada caso”.

 

A diretora do Sindicato das Indústrias Mecânicas e de Material Elétrico do Município do Rio de Janeiro (Simme), Érica Machado, ressaltou a abrangência do tema e destacou a importância da iniciativa. “O curso dá excelentes noções de negociação, e vários pontos podem ser usados não apenas em uma mesa de negociação sindical como também no dia a dia das empresas”, justificou, completando: “Propostas como essa mostram que a FIRJAN atua fortemente na formação do corpo sindical do estado do Rio. Neste momento, em que passamos por uma crise, é importante ter o apoio de uma Federação”.

 

Para o diretor do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Estado do Rio de Janeiro (Sindborj), André Almeida, o curso é interessante para o desenvolvimento da indústria fluminense, pois promove o diálogo e a troca de informações.

 

“É uma oportunidade fundamental de capacitar quem participa do sindicato patronal e de fortalecer o associativismo. A iniciativa da FIRJAN supre uma carência do estado do Rio em cursos desta área e, por isso, tem muita relevância para as empresas e sindicatos na nossa região”, avaliou.

 

O curso “Praticando a negociação coletiva” aconteceu em 5 de outubro, no Espaço de Suporte Sindical da Federação.

 

Fonte: Sistema FIRJAN

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